Pensamentos e coisas que tal

Por vezes em momentos de maior introspecção e lucidez pergunto-me o porquê de na grande maioria das vezes sermos nós próprios a sabotar a nossa vida, por vezes quando olho para a minha vida vejo uma autentica montanha russa de emoções...quando tive ou tenho não dou o devido valor...olho para o lado, quando perco choro porque afinal era mesmo aquilo...afinal os defeitos não eram assim tão grandes e blá blá blá, falo aqui na primeira pessoa mas sei não ser a única com dilemas semelhantes...

Depois ainda acresce a parte em que nos sentimos mal connosco próprios e isso pode ocorrer pelas mais variadíssimas razões, e acabamos por descarregar nos que nos são mais próprios e fazemos deles os nossos bodes expiatórios, os grandes responsáveis pela nossa infelicidade crónica como se o mundo conspirasse contra nós...e porquê?? porque é mais fácil porque não temos de pensar, olhar para dentro, assumir os nossos erros e escolhas, mas é apenas quando paramos e fazemos uma introspecção profunda, quando assumimos a responsabilidade pelos nossos actos...pela nossa vida, quando nos assumimos como guionistas da nossa vida que crescemos...e só assim nos podemos tornar seres melhores, com mais conteúdo, mais interessantes e até mais confiantes.

A mim confesso que me acontece com frequência olhar em demasia para trás e muito pouco para o presente...e isso só acumula em mim tristeza, mágoa e frustração...acabo por viver numa bolha, numa realidade que afinal não existe e por perder tudo o que se passa no presente...e as pessoas que cruzam o nosso caminho não ficam para sempre, não esperam eternamente que nós resolvamos parar de olhar para o passado e passemos a viver o presente preferencialmente com os olhos postos no futuro, é duro sim, dói e dói a valer quando decidimos olhar bem para dentro mas só assim podemos aprender com os erros, e seguir verdadeiramente em frente...deixando o passado, o que aconteceu ou não aconteceu para trás e sentirmos-nos finalmente livres das amarras ás quais nós próprios nos agarrámos.

Porque no fundo a continuarmos presos no passado, nunca vamos viver realmente...e quando chegarmos ao fim da nossa vida de uma forma ou de outra vamos olhar para trás e não vamos ver absolutamente nada...é mais difícil viver, amar, rir, chorar, perder, arriscar de novo, perder de novo, e assumir a responsabilidade por tudo isto mas sem dúvida é mais gratificamente. Lembrem-se... No regrets...